O custo do nosso Congresso é bilionário!

Quando falamos em cortes de gastos, sacrifícios e responsabilidade fiscal, os discursos parecem sempre apontar para os mesmos alvos: a pessoa comum. Mas, enquanto isso, o Congresso Nacional segue com uma conta bilionária bancada pelo nosso bolso.
Em 2023, o custo do Congresso Nacional ultrapassou R$ 13 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Portal da Transparência. Para efeito de comparação, o Congresso brasileiro é um dos mais caros do mundo, superando países como os Estados Unidos e a Alemanha — mesmo considerando que esses países têm economias muito maiores que a nossa.
Os privilégios que a pessoa comum não tem
Cada deputado federal custa, em média, R$ 2,5 milhões por ano aos cofres públicos, segundo estudo da ONG Transparência Brasil. Esses valores incluem salários, benefícios e verbas de gabinete. Os senadores não ficam atrás: a Casa, composta por 81 parlamentares, consome mais de R$ 4 bilhões por ano.
E o que está embutido nesses custos?
– Salários de R$ 41 mil, além de auxílios como moradia e transporte;
– Verba de gabinete que pode ultrapassar R$ 100 mil por mês, usada para contratar assessores;
– Gastos com passagens aéreas, hospedagens e até despesas pessoais, muitas vezes sem justificativas claras.
Enquanto isso, a gente luta para pagar o aluguel, enfrentar o custo de vida crescente e acessar serviços públicos que estão cada vez mais sucateados.
Um gasto que não se traduz em resultados
O grande problema não é apenas o custo, mas a falta de retorno proporcional para a população. Em 2023, a Câmara dos Deputados aprovou apenas 19% dos projetos que tramitaram, e boa parte do trabalho legislativo foi paralisada por brigas partidárias e falta de consenso. Para a pessoa comum, fica a sensação de que o dinheiro está sendo jogado fora.
Além disso, as investigações de desvios e mau uso das verbas públicas no Congresso se acumulam. O recente caso de parlamentares que usaram verbas destinadas ao “trabalho externo” para viagens de lazer é apenas um exemplo de como esses recursos são tratados com descaso.
O custo da ineficiência
A manutenção do Congresso Nacional consome recursos que poderiam ser destinados a áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. Só o valor gasto com as verbas de gabinete dos parlamentares seria suficiente para construir dezenas de hospitais ou financiar programas sociais para milhões de brasileiros.
E, enquanto os parlamentares discutem reformas que muitas vezes penalizam a pessoa comum, seus privilégios seguem intocados. A reforma administrativa, por exemplo, insiste em cortar benefícios de servidores da base, mas ignora os altos custos dos cargos de confiança e das verbas parlamentares.
Hora de cobrar mudanças
A gente já está cansado de carregar nas costas os gastos de um Congresso que, na prática, não entrega o que promete. É preciso exigir mais transparência, controle e redução de privilégios. Afinal, o dinheiro público deve ser investido no bem-estar da população, e não no conforto de quem já está no topo.
Como cidadão, você tem o direito de saber como cada centavo do seu imposto está sendo usado. Pressione, questione e cobre mudanças. Porque enquanto a pessoa comum paga a conta, quem deveria trabalhar pelo povo continua gastando como se não houvesse amanhã.