Anatel não consegue enquadrar serviços de Internet ruim

Você é como milhões de brasileiros, enfrentando diariamente a baixa qualidade dos serviços de telecomunicações no país? Apesar das promessas de modernização e dos preços elevados cobrados pelas operadoras, o serviço continua ruim, especialmente para a pessoa comum que paga caro e recebe pouco.
Os números da exclusão digital no Brasil
Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2022, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, 90% dos lares brasileiros têm acesso à internet. No entanto, apenas 22% dos brasileiros acima de 10 anos possuem uma conexão de qualidade que permita atividades cotidianas sem interrupções (Agência Brasil, 2024). Isso significa que milhões de pessoas comuns enfrentam quedas constantes de sinal, lentidão ou até mesmo a falta de acesso em regiões afastadas.
E o problema não para por aí. Dados do Procon de São Paulo mostram que, em 2023, empresas de telecomunicações como Claro, Vivo e TIM figuraram entre as campeãs de reclamações, com queixas que vão desde a velocidade inferior à contratada até cobranças indevidas.
Onde está a Anatel?
Criada para regular e fiscalizar o setor, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) parece mais preocupada em dialogar com as operadoras do que em defender o consumidor. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de 2023 apontou falhas graves na fiscalização da agência, destacando que as multas aplicadas às empresas são baixas e raramente resultam em mudanças práticas.
O que isso significa para a pessoa comum? Significa que o cidadão paga por serviços caros e de baixa qualidade sem qualquer respaldo das autoridades. A internet, que deveria ser um direito garantido e acessível, se torna um luxo que poucos conseguem usar plenamente.
Impactos na vida real
Para o estudante que precisa assistir a uma aula online, para o profissional que trabalha de casa ou para o pequeno empreendedor que depende da internet para vender, a precariedade dos serviços de telecomunicações tem impactos reais. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), 57% dos brasileiros enfrentam problemas recorrentes com sua conexão, prejudicando tarefas simples do dia a dia.
Enquanto isso, a Anatel, que deveria representar os interesses da população, limita-se a aplicar multas simbólicas que não intimidam as operadoras. Para o cidadão comum, parece que a agência virou apenas mais um órgão burocrático que não entrega resultados concretos.
Exigindo mudanças
O Pessoa Comum acredita que é hora de dar um basta. Precisamos exigir que a Anatel cumpra seu papel com mais rigor e que as operadoras sejam responsabilizadas por seus serviços deficientes. A conectividade de qualidade não é um privilégio — é uma necessidade básica em um mundo cada vez mais digital.
Denuncie, registre reclamações e pressione as autoridades. A mudança só virá quando as pessoas comuns se unirem e deixarem claro que não aceitam mais pagar caro por tão pouco.